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segunda-feira, 1 de março de 2010

Praticando o desapego


Sempre acreditei muito na força da energia, nas coisas que atraem bons e maus fluídos.
Embora seja mais perceptível nas pessoas (tem gente que tem uma carga pesada de energia negativa), acredito muito que colocamos energia nos objetos pessoais, sobretudo naqueles que vamos soterrando nas gavetas a espera de que algum dia elas tenham alguma serventia.
Não há serventia. O que há é um excesso de apego nas coisas que guardamos.
Por vezes, essa energia se encontra naquele papel que embrulhou o belo presente de Natal e fica ali, amontoado no fundo do armário até que a próxima ocasião lhe solicite serventia.
Ou então, naquele casaquinho medonho comprado na feirinha da praia, de gosto duvidoso, e que jamais damos permissão pra habitar nosso corpo. Mas habita o armário com cabide privilegiado e direito adquirido. Não vamos usar, mas não conseguimos tirá-lo dali, de onde sequer o enxergamos. Mas quando o vemos, fazemos de conta que faz parte do contexto, e afinal pra que mexer no que já está?
E assim, as energias vão assentando poeira, criando raízes e estando ali paradas, fazem com que fique estagnada também nossa energia de vida.
Algumas vezes me deparei em situações que me solicitaram responder qual meu hobby. E normalmente me detinha a dois: Ler e Escrever.
Mas descobri outro, que chamo carinhosamente de “praticar o desapego”.  E digo, tem sido uma terapia praqueles dias insossos em que ficar em casa parece ser o melhor dos programas.
O desapego tem começado ultimamente pelo roupeiro: aos poucos tirando coisas das quais me envergonho de ter olhado, quiçá de ter comprado. E passa pela papelada do escritório, fazendo pitstop nos demais armários e gavetas da casa... é uma delicia.
Livrar-me de toda aquela tralha, é como tirar camadas de pele morta do meu corpo, e deixá-lo respirar.
Uma esfoliação na alma...relaxa, renova e abre espaço para novas energias.
De quebra, temos a possibilidade de praticar algo ainda mais nobre que o desapego: a solidariedade com aqueles que não têm muito que tirar de dentro dos armários, mas merecem receber nossa boa energia em forma de doações.
Sejamos como o mar, que está sempre se renovando, movimentando suas águas e possibilitando que a vida se manifeste em seu interior.
Então tá!

2 comentários:

  1. Poxa Vane, acho que descobri um ponto positivo em mim, realmente pratico o desapego e de tabela faço com que o Flavio pratique também, acho que deve ser por isto que quando ele não acha alguma coisa no armário logo diz "aposto que deu"....hahahaha.
    Beijos.

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  2. Guardamos algo por pensarmos que será útil algum dia.

    Ai - inacreditavelmente - o dia chega e temos que usar aquele objeto.

    Invariavelmente SEMPRE o objeto está tão velho que não serve para o propósito mais.
    Ai, temos que ir comprar um novo (que, geralmente, possui um preço tão acessível que injustifica até mesmo o espaço utilizado para guardar o objeto antigo)...

    Coisas que aprendi vendo os hábitos da minha avó...

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