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domingo, 25 de abril de 2010

Desde 1808


Preparando-me para a ressaca mental que me aflige antes das eleições. Embora outubro não seja amanhã, já me causa fadiga e repulsa todo aquele bla bla blá disfarçado de boas intenções e que somos obrigados a engolir de tempos em tempos.
Gostaria francamente de uma temporada de férias no período eleitoral, e que eu pudesse voltar somente depois que a lona do circo já tivesse sido desmontada.
Afinal, que diferença faz quem está lá, uma vez que eles não defendam os interesses de ninguém exceto o deles próprios?
Estou lendo 1808 Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil
.
1808” recebeu o prêmio de melhor Livro de Ensaio da Academia Brasileira de Letras e o Prêmio Jabuti de Literatura na categoria de livro-reportagem e de livro do ano de não-ficção, e não é para menos, já que muitas das perguntas que tantos de nós cidadãos em algum momento já nos fizemos, são respondidas nesse livro. Não havia como ser diferente. Desde a colonização, nossa história já estava escrita. O que se vê hoje é uma repetição repulsiva da escola de governantes que “a corte” nos trouxe.
A diferença, é que hoje no lugar da rainha louca e do príncipe medroso, nos restou o legado da corte corrupta. Ano após ano, os personagens mudam, mas a historia é a mesma. Um roubo diário e legalizado de dinheiro, recursos, mas principalmente de dignidade cidadã.
O excelentíssimo presidente me parece aquela mãe de menores de rua que ensina a filha menor a pedir esmola no sinal. A filha trabalha, mas é a “mãe” quem manda no negócio. Lula a mãe, Dilma a filha arrecadando votos. Patético.
Não tenho candidatos, não vejo um sequer que possa se dizer: Este cara leva jeito, é um administrador, pragmático, pensa do alicerce para cima, pois é assim que tem de ser.
Enquanto saúde, educação e segurança não forem pensadas e feitas com seriedade isso tudo não passa de um circo montado para a grande massa de manobra se distrair enquanto deposita seu voto na Urna. E como isso na minha esgotada e humilde opinião está a anos luz de ser levado a serio pelo governo, lamento: Abstenho-me de opiniões políticas. Afinal não se pode lutar quando não se acredita nos seus “soldados”.
Confesso que até mesmo aquele papo de que o voto é nosso único instrumento da democracia me causa estafa. Cansei, não quero ler, assistir, ouvir...fico com os episódios do Chaves, pelo menos causam riso franco e não de desespero.
Sim, é um instrumento de democracia, mas a verdade é que apenas faz parte do show, porque poucos desses votos são conscientemente dados. E quando se vende votos por cesta básica, emprego para a família, ou uma caçamba de areia, não se pode imaginar que eles tenham a qualidade que deveriam.
O único mandato em que realmente acredito que pode ainda render frutos é o mais simples de todos: O governar da família. A base, o ensinamento de valores, de justiça, da sublime diferença entre o que é certo e o que é errado mesmo quando o certo não nos traga nenhuma vantagem. É ensinando que caráter e dignidade não são adjetivos, são o mínimo que se precisa para se ter uma vida integra.
O resto meu povo, infelizmente é conversa fiada.
Salve Renato Russo: Que país é esse?!

Então tá.



Um comentário:

  1. há pouco fiz esta pergunta clássica de uma legião urbana no mula ruge, sexta, num post sobre a comemoração (?) dos 50 anos de Brasília. tem também considerações sobre as próximas eleições, da qual não poderemos fugir, nem tampouco ignorar, infelizmente. vale ler, e vou adorar manifestos (prós ou contras): http://vavalindajones.blogspot.com/2010/04/o-buraco-foi-mais-em-cima.html

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