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sábado, 20 de fevereiro de 2010

Senhor! Dai-me!!!


sexta-feira, 15 de maio de 2009

Certa vez, ouvi de uma psicóloga que, quando alguma pessoa nos faz uma pergunta, daquelas que nos desnorteiam, a contar por seu nível de falta de noção, devemos devolver com um singelo e equilibrado “Por que?” como resposta.
Em verdade quando essa psicóloga falou sobre isso, o contexto do assunto não era exatamente perguntas sem noção, mas ela explanava sobre as saias justas que passamos quando as crianças nos fazem aquelas perguntas que nem Deus imagina de onde elas tiraram, e nos conseguem nos deixar mudos, gagos e engasgados - ao mesmo tempo, inclusive.
Segundo essa profissional, por exemplo, quando uma criança nos questiona: “-Mamãe, o que é Sexo?”…deveríamos respirar e calmamente perguntar Porque?. Isso daria tempo para entender a pergunta, aperfeiçoar a resposta e ganhar tempo  para ver o que a criança sabe sobre tal assunto e o que realmente deseja saber… Em suma, para não ficar numa saia tão justa, e ainda por cima não correr o risco de dar mais informações do que as necessárias. No exemplo citado acima, a criança na realidade queria saber o que marcar na prova da escola, no cabeçalho logo abaixo do nome, onde havia um espaço para ela preencher:  Sexo:  ( )Masculino  (  ) Feminino
Pois bem. Tenho aplicado a técnica em situações do dia-a-dia, nos casos em que alguém me faz uma pergunta idiota e percebendo o quanto tem gente sem noção na hora de questionar algumas coisas. E pior: Algumas vezes a pergunta bomba, vem de alguém que nunca nos viu na vida, certamente para deixar o “questionado” ainda mais zonzo.
Cena Real, reproduzida na integra:
A pessoa (eu) vai a uma farmácia numa pequena cidade do Nordeste, a fim de comprar uma caixinha de absorventes internos. Nada de espantoso por aí, que alguém que estava numa região litorânea, e em trajes de banho, precise de tal produto, por motivos que de tão óbvios, pouparei meu trabalho de relatar.
Pois bem… A cliente que vos fala dirige-se até o balcão do estabelecimento, e pergunta:
- Por gentileza, tem Ob*?
- Tem sim! A senhora vai querer para usar agora?
- (…) (um minuto de silêncio para restabelecer-me do choque quase fatal. Recomponho-me, e puxo meu remédio contra perguntas insanas, e sigo o baile:
- Por quê? (pergunto eu), se eu for usar agora devo experimentar para ver se me serve caso negativo, troco o tamanho?
Depois dessa achei que a moça ia sentir como se tivesse levado um soco na boca do estômago (era o que eu deveria ter feito, aliás), mas não. Ela não parou por ai. Foi mais longe, e teve a tréplica:
- Não senhora, é que se fosse para usar agora, eu ia abrir a caixinha para senhora!
- (…)
Ahhhhhhhhh bom…então tá! Agora sim está explicado!!!
Ela só queria facilitar meu trabalho, na difícil arte de abrir a caixinha!!! Tá explicado!!!!
Ufaaa!!! Quase pensei que ela fosse uma sem noção…mas era pura pró-atividade!!!!

Em outros tempos, eu costumava, depois de uma cena dessas, ter ímpetos de sair gritando, chorando, inconformada com a pérola presenciada, e terminando com a frase chorosa no ombro de alguém próximo: - Senhor! Dai-me paciência.
Mas em homenagem a uma amiga querida, que certo dia alertou-me que: - “Não se deve pedir paciência, pois o mundo te dará mais situações que exigirão paciência, e mais paciência..peça sabedoria (…)!”

Assim sendo, lá vai: Pati…pra ti essa:
Senhor! Dai-me sabedoria! (Em doses cavalares)…

Então tá!

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